
Mesmo estando em evidência para a galera da alta performance e good vibes, Meditação é um tema que, assim como o Tantra, está cheio de mitos e preconceitos
Você já pensou em meditar e a primeira imagem que veio à cabeça foi alguém sentado em posição de lótus, em silêncio absoluto, fazendo “Oooohmmm” e tentando esvaziar a mente?
Se sim, pode ir tirando essa ideia da cabeça! O objetivo do meu trabalho é te ensinar a ser independente, com autonomia e maturidade emocional – e a meditação é uma SUPER ALIADA nisso. Ela não é um truque místico, é uma filosofia milenar para a sua mente e corpo. Sem mimimi e com resultados palpáveis!
De Onde Veio Essa Tal de Meditação?
Uma Breve Viagem (Sem Túnicas ou Incensos) 
A meditação não foi inventada por uma única pessoa ou num dia específico. Ela foi desenvolvida por diversas culturas e tradições ao longo de milhares de anos. Pense nela como um conjunto de técnicas que as pessoas descobriram para acalmar a mente, se autoconhecer e lidar com a realidade, de forma mais funcional.
Suas raízes mais conhecidas estão nas tradições orientais, especialmente na Índia, há mais de 5.000 anos. O hinduísmo, o budismo (com figuras como Siddhartha Gautama, o Buda, que popularizou a meditação como caminho para a iluminação, ou seja, para ver a vida como ela realmente é) e o taoismo (na China) são berços de diversas práticas meditativas. Mas antes que você pense em rituais complexos, entenda: desde o começo, a meditação era uma ferramenta prática para desenvolver a atenção, a compaixão e a sabedoria.
Como a Meditação “Saiu do Mosteiro” e Conquistou o Mundo Ocidental? 
Por muito tempo, a meditação ficou restrita a templos, mosteiros e círculos espirituais. Mas depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente a partir dos anos 60 e 70, com a busca por novas filosofias e a abertura para o Oriente, ela começou a ganhar terreno no Ocidente.
O grande boom e a popularização vieram com os hippies e quando a ciência resolveu tirar a meditação da prateleira do “esotérico” e colocá-la no laboratório. Pesquisadores começaram a estudar os efeitos da meditação no cérebro e no corpo, provando seus benefícios no combate ao estresse, na melhora da concentração e no bem-estar geral, tornando quem a pratica mais saudável.
Um dos percursores dessa popularização moderna e científica foi Jon Kabat-Zinn, um biólogo molecular que, nos anos 70, criou o programa de Redução de Estresse Baseado em Mindfulness (MBSR) nos Estados Unidos. Ele tirou a meditação do contexto religioso e a adaptou para um formato secular, acessível a todos, focando nos seus benefícios terapêuticos. Foi aí que a coisa virou moda (e que bom que virou!), chegando aos hospitais, escolas e até às grandes empresas.
Meditação Não é Tudo Igual: Os Vários Sabores da Consciência 
- 1. Meditação de Concentração (Samatha): O objetivo é focar a atenção em um único ponto para acalmar a mente e desenvolver a concentração. Pode ser na respiração, numa vela acesa, num mantra (uma palavra ou frase repetida), ou até num som. A ideia é treinar a mente para não divagar, como um músculo sendo fortalecido.
- Meditação de Observação (Vipassana/Consciência Aberta): Aqui, a ideia é observar tudo o que surge na sua experiência (pensamentos, emoções, sensações físicas, sons) sem julgar ou se apegar. É como ser um espectador da sua própria mente, apenas observando o fluxo da consciência. Não é esvaziar a mente, mas sim perceber o que está nela, e isso é libertador!
Ativa ou Passiva? A Meditação Que Faz o Corpo Falar (E Gritar, Se Precisar!)
- Meditação Passiva: É o que a maioria pensa: sentar, deitar, ficar imóvel e focar internamente. A atenção está no corpo, na respiração, nos pensamentos ou em um objeto de concentração. É a forma mais tradicional e, sim, muito eficaz para acalmar a mente.
- Meditação Ativa: E aqui é onde a mágica (e a minha expertise) acontece! Principalmente aos céticos e ansiosos de plantão. A meditação ativa utiliza o movimento, a dança, a voz, o riso, o choro, a catarse e as expressões para liberar tensões, emoções reprimidas e energias estagnadas antes de entrar num estado de quietude. É como se o corpo fosse a porta de entrada para a mente, limpando o terreno para que a meditação passiva seja mais profunda. É soltar o corpo para soltar a mente. E a vida!
Osho
Osho, O cara mais tântrico eu tive conhecimento, nascido Chandra Mohan Jain (ou Bhagwan Shree Rajneesh, dependendo da fase e do RG espiritual), foi um polêmico e não tão ortodoxo guru indiano, místico, filósofo e mestre de meditação que agitou o cenário espiritual global, ficou famoso por desafiar dogmas religiosos e convenções sociais, pregando a liberdade individual, o humor, a criatividade, a celebração e a expansão da consciência através do prazer e da meditação para o autoconhecimento. Osho percebeu que as pessoas modernas, cheias de estresse e repressão, não conseguiam simplesmente sentar e “esvaziar” a mente. Era preciso primeiro liberar a bagagem – e para isso, o movimento era essencial.
ex: a Meditação Dinâmica (com fases de respiração caótica, catarse, pular e dançar antes de um período de quietude), a Kundalini (com tremores e dança), Hearth Chakra (respiração consciente direcionada ao magnetismo do coração) e outras que utilizam o som, a voz e a expressão corporal. O objetivo dessas meditações é usar o corpo como um “ventil” para emoções e energias presas, preparando a pessoa para um estado de relaxamento e consciência mais profundos.
Os sufis:
O sufismo é uma vertente mística do Islã que busca a experiência direta de Deus através da purificação da alma e da prática de rituais como o dhikr, que envolve a lembrança de Deus. Os sufis, como são conhecidos os praticantes, procuram uma relação pessoal e íntima com o divino, muitas vezes através da meditação, da poesia e da música. Suas meditações através de danças e giros percorrem o mundo inteiro ate os dias de hoje.
Mindfulness: Que Virou Febre (E Funciona, Viu?)
Não é esvaziar a mente ou parar de pensar, mas sim observar seus pensamentos e emoções sem se deixar levar por eles. É notar o cheiro do café, a sensação do vento na pele, o som da respiração – tudo com uma atitude de curiosidade e aceitação. O Mindfulness pode ser praticado formalmente (sentado, meditando) ou informalmente (prestando atenção plena em atividades do dia a dia, como comer ou caminhar).
Como Tudo Isso Impacta a Sua Rotina Maluca
Em síntese, a meditação é uma ferramenta poderosíssima que te dá o controle sobre a sua mente e as suas emoções. Ela te ajuda a encontrar aquela liberdade, aquela autonomia e aquela maturidade emocional que você tanto busca para você e para seus clientes. Não é sobre escapar da realidade, mas sobre enfrentá-la com mais clareza, leveza e, claro, muito mais prazer! Porque a vida é pra ser vivida, e vivida com tudo! 
Um guia básico com algumas dicas para quem acha que nunca conseguiria meditar
Como Começar a Meditar no Dia a Dia: Manual de Instruções para Mentes Ocupadas (e céticas)! 

Passo 1: Comece Pequeno (Pequeno Mesmo! Sério!)
Passo 2: Escolha o Seu Momento e Lugar (Sem Templos Zen, Por Favor!)
Lugar: Pode ser na sua cama, sentado na cadeira do escritório, no sofá da sala, ou até no banheiro se for o único lugar tranquilo.
Passo 3: A Técnica do “Observador Curioso” (Sem Pressão)
A meditação para iniciantes é simples:
Encontre sua Âncora: A respiração é o seu melhor amigo aqui. Sente-se ou deite-se confortavelmente. Feche os olhos se quiser (ou mantenha-os entreabertos, olhando para baixo). Concentre-se no AR ENTRANDO E SAINDO. Sinta o abdômen subir e descer, o ar nas narinas. Não precisa mudar o ritmo da sua respiração, apenas OBSERVE-A.
Os Pensamentos Virão (Sim, Eles Virão!): Sua mente é como um cachorrinho fofo, mas um pouco hiperativo. Ela vai divagar, vai lembrar da lista de compras, da briga com o colega… ISSO É NORMAL! Não brigue com os pensamentos, não se julgue, não pense que você está “fazendo errado”.
Gentilmente, Volte: Quando perceber que sua mente divagou (e você vai perceber, porque essa é a parte da meditação!), gentilmente traga sua atenção de volta para a respiração. É um treino, uma repetição constante se desviar e voltar. Sem drama. Sem culpa. Apenas volte.
Outras Âncoras para Diversificar (Se a Respiração Te Deixar Entediada):
- Sensações Corporais: Preste atenção no contato do seu corpo com a cadeira/cama, na sensação das suas roupas.
- Sons: Observe os sons ao seu redor, sem julgá-los. Apenas ouça.
- Scan Corporal (Básico): Leve sua atenção da cabeça aos pés, percebendo cada parte do corpo, sem mudar nada.
Passo 4: A Consistência Bate a Intensidade (Sua Mente é uma Criança Persistente!)
Passos 5: Recursos que Ajudam (Sim, Use a Tecnologia a Seu Favor!)
Aplicativos de Meditação: Headspace, Calm, Lojong, Insight Timer. Eles têm meditações guiadas curtinhas, perfeitas para iniciantes. A voz de um guia ajuda muito a manter o foco no início.
Meditações Guiadas no YouTube: Há uma infinidade de opções gratuitas. Procure por “meditação guiada para iniciantes” ou “mindfulness para o dia a dia”.
Música Relaxante: Para alguns, uma música suave de fundo pode ajudar a abafar os pensamentos iniciais.
Passo 6: Paciência e Sem Julgamento (Você Não Vai Virar Buda Amanhã, Nem Precisa!)
Os resultados não vêm da noite para o dia. Haverá dias em que sua mente estará mais agitada, e você sentirá que “não meditou direito”. ISSO É OK!
O importante é o esforço de sentar, de tentar, de voltar. O processo é o benefício. Seja gentil com você mesma. Não existe meditação “ruim”, existe meditação “com a mente agitada” – e mesmo assim, você está treinando!
Meditação Ativa para o Dia a Dia (Para Quem Não Para Quietinha!)
Lembra que falamos da meditação ativa? Pois é, ela é perfeita para incorporar no seu dia a dia quando “sentar para meditar” parece impossível:
- Caminhada Consciente: Preste atenção em cada passo, na sensação do chão, nos seus pés, nos movimentos das suas pernas. Observe o ambiente ao redor sem se apegar.
- Comer Consciente: Sinta o cheiro da comida, as cores, a textura na boca, o sabor. Mastigue lentamente, conte o número de mastigação.
- Tarefas Domésticas: Ao lavar a louça, sinta a água, a espuma, o movimento das suas mãos. Ao varrer, sinta a vassoura, o movimento do corpo. Transforme atividades corriqueiras em mini meditações.
- O “Botão de Pausa”: A cada hora, tire 30 segundos para fechar os olhos e respirar profundamente 3 vezes. Sinta seu corpo. Reajuste a postura. É um micro “reset”.
- Coloque uma música e dance sentindo o ritmo, a melodia ou a batida e vai deixando o seu corpo fluir em movimentos soltos, esquece o dois pra lá e dois pra cá, ou qualquer coreografia, apenas flua, se integre a música ao momento. Quando você perceber estará em plenitude!!! E com certeza notara que nuca ficou tão íntimo com você mesmo, percebendo cada sensação, percebendo que nunca sentiu aquela música especial de maneira tão intensa.
O Impacto na Sua Rotina (Por Que Essa “Perda de Tempo” Vale Ouro!)
Ao integrar a meditação (mesmo que por poucos minutos) na sua rotina, você vai notar mudanças que vão muito além do “relaxamento”:
- Clareza Mental: Aquela névoa que às vezes cobre a mente começa a dissipar. Você pensa com mais clareza, toma decisões melhores.
- Redução do Estresse e Ansiedade: A capacidade de “voltar para o centro” se torna mais natural, diminuindo a reatividade a situações estressantes.
- Melhor Regulação Emocional: Você percebe as emoções surgindo e pode escolher como responder a elas, em vez de ser engolida por elas.
- Mais Energia e Vitalidade: A mente mais calma e o corpo mais presente liberam energia que antes estava presa no turbilhão de pensamentos.
- Autonomia e Maturidade Emocional: Você se torna a protagonista da sua mente, não uma vítima. Isso é pura autonomia! Começar é o mais difícil.
Mas garanto que vale cada segundo. Dê-se essa chance. E se precisar de um incentivo, pode me chamar!

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